Greve geral desta sexta-feira deve ter adesão similar a anterior, diz CUT

Metroviários, aeroviários, bancários, metalúrgicos, servidores da saúde e de educação anunciaram adesão. Rodoviários decidem em assembleia amanhã

As centrais sindicais de Pernambuco esperam para esta sexta-feira uma adesão à greve geral similar à percebida na última paralisação nacional, realizada no dia 28 de abril. Mais uma vez, os trabalhadores se mobilizam por eleições diretas e contras as reformastrabalhista e da previdência.

Metroviários e aeroviários já anunciaram que cruzarão os braços. Os rodoviários decidirão a adesão em assembleia marcada paras as 15h desta quinta-feira. “Acreditamos que todo o sistema de transporte vai parar, como aconteceu dia 28. Bancários, metalúrgicos também vão paralisar, atingindo alguns ramos de muito peso econômico. Os setor de serviços também será afetado nas esferas municipal, estadual e federal. Na educação, nas escolas, Universidade de Oernambuco (UPE) e Universidade Federal e Federal Rural de Pernambuo (UFPPE) e (UFRPE) e na saúde, garantindo um atendimento de mais de 30% à população. A gente imagina que a greve vai manter o porte da anterior”, pontuou o presudente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Paulo Rocha.

A agenda de mobilização no Recife vai ser marcada por um grande ato cultural na Praça do Derby, animado por música, em um clima de arraial junino. Em seguida, os manifestantes seguirão em passeata até o centro da cidade.

 

Metrô – Em assembleia realizada na noite desta terça-feira, na Estação Recife, os trabalhadores da Superintendência de Trens Urbanos do Recife da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (STU-Recife), que administra o Metrô do Recife (Metrorec) e a Linha Sul (VLT), decidiram parar das 23 horas da próxima quinta-feira até as 5 horas do sábado. em adesão à greve geral. Às 20h36, a STU-Recife informou que se reúne na manhã desta quarta-feira para definir o posicionamento da empresa, que diz transportar uma média de 400 mil pessoas/dia.

O efetivo da STU-Recife é de cerca de 2 mil profissionais. De acordo com o diretor do sindicato, Levi Arruda, a insatisfação com os problemas enfrentados na empresa são agravados com as perspectivas negativas das propostas contidas nos projetos de reforma trabalhista e da previdência. Mesmo assim, destaca, a decisão da assembleia foi bem objetiva quanto ao foco da resistência às propostas de retiradas de direitos e precarização do emprego.

As mobilizações em repúdio à tentativa de retirada dos direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional,vem sendo realizadas com forte adesão no Recife e em todo o país. Os atos aconteceram nos dias oito de março, 15 de março, na Greve Geral de 28 de abril e no Ocupa Brasília em 24 de maio. Como resultado do debate com a sociedade e das mobilizações, as centrais acreditam ter conseguido frear a tramitação da Reforma da Previdência e uma primeira vitória na Reforma trabalhista, com a reprovação na CAS (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).

Participam da mobilização a Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB); Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); CSP Conlutas – Central Sindical e Popular; Central Única dos Trabalhares (CUT); Força Sindical; Intersindical – Central da Classe Trabalhadora; Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); Pública – Central do Servidor; União Geral dos Trabalhadores (UGT); Frente Brasil Popular (FBP) e Frente Povo Sem Medo (FPSM).

 

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