Pode ser necessário complementar conteúdo no ano letivo de 2021, diz secretário de Educação de PE
Fred Amâncio afirmou, nesta quinta (16), que este ano letivo pode ser estendido para o seguinte: “o mais importante não é a quantidade de horas, mas o aprendizado dos estudantes”.
O calendário letivo de Pernambuco deste ano pode ser finalizado em 2021, devido à pandemia do novo coronavírus, segundo o secretário de Educação e Esportes do estado, Fred Amâncio. No Bom Dia Pernambuco desta quinta-feira (16), ele afirmou que não há previsão para o retorno das aulas nas escolas, apesar de o protocolo para o retorno das atividades presenciais nas instituições de ensino já ter sido divulgado.
“Diante desse período tão longo de suspensão das aulas, pode ser necessário complementar conteúdo no ano letivo de 2021 para o geral dos estudantes, porque o mais importante não é a quantidade de horas, mas o aprendizado dos estudantes”, declarou o secretário.
Fred Amâncio disse, ainda, que, nas escolas de educação básica das redes pública e privada, as escolas deram sequência às atividades não presenciais. Mesmo assim, será necessária a reposição do conteúdo programático previsto.
“Claro que vai ser necessário não apenas a retomada normal, mas um trabalho complementar, de reposição, de reforço escolar, o que pode implicar na extensão do calendário escolar. A gente pode ter um calendário um pouco mais extenso, para dar conta do volume maior de conteúdo”, contou.
Uma das medidas previstas no protocolo de retomada é a distância mínima de um metro e meio entre alunos, profissionais e colaboradores, em todos os ambientes. Para garantir isso, os gestores devem reduzir a quantidade de estudantes nas salas de aula e até adotar o esquema de rodízio. Entretanto, no ensino infantil, segundo o secretário, a fiscalização deve ser ainda mais rígida.
“No caso da educação infantil, como não é uma etapa obrigatória, ela não tem uma contagem, não tem avaliação. Nos outros, a indicação, na retomada das aulas, é, no processo do dia a dia das escolas, avaliar como foi a aprendizagem nesse período para poder planejar o próximo passo. Na educação infantil, deve haver um tratamento especial”, explicou.
Protocolo de retomada
O documento sugere, entre outras questões, a promoção de diferentes intervalos de entrada, saída e alimentação para evitar aglomerações dentro das instituições. O conjunto de normas deve ser aplicado para a educação básica, ensino superior e cursos livres (cursos de línguas, cursos técnicos, qualificação profissional e outros).
O protocolo setorial também prevê o adiamento de qualquer evento presencial na escola e a suspensão das atividades esportivas coletivas. Caberá às escolas, ainda segundo o documento, a orientação para estudantes e trabalhadores sobre a necessidade de se evitar contatos próximos, como apertos de mãos, beijos e abraços.
Os horários das refeições devem ser alternados, e a escola deve estabelecer o distanciamento de dois metros durante a alimentação dos estudantes. Em coletiva de imprensa transmitida pela internet na quarta-feira (15), Fred Amâncio disse que a data para implementação do plano de retomada deve ser definida até o fim de julho.
Fonte: https://g1.globo.com/